PROGRAMA ESCOLAS QUE SE ABRAÇAM ESTÁ ENTRE OS FINALISTAS DO  PRÊMIO JABUTI, DA CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO 

O programa Escolas que se Abraçam está na lista dos cinco finalistas na categoria Educação do Prêmio Jabuti, com a obra “Interpretar: contribuições para a educação antirracista”. Também foi semifinalista, enquanto projeto, na categoria Fomento à Leitura. 

Ser finalista já é um prêmio em si para todos que fazem essa iniciativa acontecer. O programa Escolas que se Abraçam existe desde 2019 e é produzido pelas empresas Casinha na Árvore, da escritora Selma Maria e da Lá e Cá Produções, do escritor e educador José Santos por meio da parceria com a Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal de Educação de Conceição do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais. Conta com a participação não só de municípios no Brasil, mas em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal, além de possuir a  chancela da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). 

O programa incentiva a leitura e a escrita poética em comunidades escolares de caráter público, produzindo livros, vídeos e outros materiais sempre disponibilizados gratuitamente. As crianças se tornam verdadeiras autoras a partir de textos genuínos sobre a infância e a vida que levam. Relatam seu cotidiano, os espaços, a natureza, os sentimentos, as festas e a cultura por meio do que é mais singelo.  

O manual “Interpretar”, por sua vez, é resultado do trabalho desenvolvido especificamente nas escolas públicas de Conceição do Mato Dentro durante o ano de 2023, coordenado pelo pedagogo Camilo Kuasne Anderson, da equipe do Escolas que se Abraçam. Camilo é formado em Pedagogia pelo Instituto Singularidades e já trabalhou em diversas escolas e projetos educacionais e de mediação de leitura em São Paulo. No Mato Grosso do Sul, participou de projetos socioculturais e educacionais no Instituto Acaia. Em Conceição, trabalhou durante todo o ano de 2023 com estudantes e professores da rede municipal de ensino.  

A criação da obra foi resultado das diversas atividades que o pedagogo realizou na rede, sempre com o tema do antirracismo e da ampliação dos conteúdos sobre África em sala de aula. Este trabalho contou com o apoio essencial da equipe da Secretaria Municipal de Educação de Conceição do Mato Dentro e com a consultoria do educador e escritor mineiro Edimilson de Almeida Pereira,  prêmio Cidade de São Paulo, prêmio Oceanos. 

“Interpretar: contribuições para a educação antirracista” contém centenas de referências para a aplicação de conteúdo antirracista e em prol da valorização da cultura africana/afrodescendente nas escolas, de modo que profissionais da Educação de todo o Brasil podem consultar o material para uso em suas próprias aulas. 

A cerimônia de premiação do Jabuti acontece hoje, dia 19 de novembro, à noite. Muitas obras importantes concorrem na mesma categoria que o nosso programa, e parabenizamos a competência de todas elas. O verdadeiro prêmio é poder ver, cada vez mais, pessoas preocupadas com o futuro da Educação dos nossos jovens.